17 Anos da APA Tinharé Boipeba

No último dia 05 de junho, dia internacional do meio ambiente e da ecologia, data também como sendo o dia do 17º aniversário de criação da APA – Área de Proteção Ambiental Tinharé Boipeba, criada no dia 05 de junho de 1992, portanto após 17 anos de criação da APA, pergunto: temos o que comemorar?
Na certeza de dar minha contribuição, encaminhei mais de 2 mil e-mails comunicando a todos sobre a data alusiva, anexando a referida lei, e pasmem, apenas uma pessoa me deu feed back sobre o e-mail em questão. Mesmo assim, ainda imprimi (com recursos próprios) 200 fotocópias com a lei 1.240, visitei a maioria dos empresários da terceira, segunda e vila, pedi permissão para um bate papo com os alunos da Escola Nossa Senhora da Luz, quando fui prontamente atendido pelo Ilustríssimo Diretor, permitindo-me o acesso a sala de aula.
Na terceira turma da Escola, abordando um tema de supra importância para a comunidade, percebi que alguns alunos tratavam a questão sem interesse, quando me veio uma questão que como ser humano me preocupa bastante; as construções nas encostas da Vila Nossa Senhora da Luz (lugar popularmente conhecido como “buraco do cachorro”), perguntei se havia algum aluno morador do bairro em questão. Os alunos que tratavam o tema com ironia levantaram a mão, quando os lembrei da importância da vida de um ser humano, lembrando também a catástrofe de Santa Catarina, perguntando até quando iremos esperar que alguém perca a vida para tomarmos providências?!?! O silêncio por alguns segundos tomou conta da sala, e na seqüência falamos de reflorestamento, canais para escoamento da água da chuva, foi um bate papo bem proveitoso.
Quando aqui cheguei definitivamente para viver na vila, havia uma placa logo na entrada, na ladeira da igreja, APA Tinharé Boipeba, uma placa de madeira entalhada, lembram-se? Pois é, onde foi parar essa placa?
Temos que colocar o tema em pauta, e espero sinceramente que durante esses meses que antecedem o próximo aniversário, de 18 anos da criação da APA, tenhamos realmente o que comemorar. Comemorar uma campanha de preservação ambiental, coleta seletiva do lixo, reflorestamento, ações de controle do uso do solo, mapeamento das áreas de risco do arquipélago, planejamento familiar, entre muitos temas de importância a todos os munícipes do arquipélago.
Tenho conhecimento, como Administrador, das limitações do poder público em atender tantas demandas; energia elétrica, água tratada, esgoto, saúde, medicamento, educação, meio ambiente e controle de construções, de uma população em crescente expansão. Não é de meu interesse questionar nessas linhas, muito menos exaltar, ou diminuir questões governamentais, ou até mesmo relacionar a controle de imigrantes, porém cabe a cada um de nós, não por “atender pedido de voto” e sim para sermos quantificados como moradores do arquipélago, termos como documento nosso título de eleitor, documento que seguramente constará nas estatísticas governamentais para que possamos ser atendidos no retorno de benefícios públicos, afinal de contas quantos de nós somos visitados pelo CENSO?